Normalmente as pessoas se espantam quando falo algumas coisas básicas sobre as aves.
Recentemente, por exemplo, ao falar que as aves se comunicam e tem dialetos, dependendo de qual local você as escuta, fui questionado.
Só os humanos podem se comunicar? Pelo visto aprendemos que sim. Então vamos aos fatos...
Os animais se comunicam!
Há anos isso não é mais questionável no meio científico. Comece a escutar os animais que vivem próximo da sua casa e rapidamente vai notar diferenças.
Estudos recentes têm mostrado que os animais alteram seu canto no meio da cidade, para conseguir se comunicar mesmo com todo o ruído urbano. Mas afinal, como interpretamos a informação dita?
A comunicação pode ser definida como procedimento pelo qual uma mente pode afetar outra. Ou seja, para uma mensagem ser entendida é preciso que quem a escuta saiba interpreta.
Após o recebimento da informação e interpretação do que foi dito, essa informação gera uma reação comportamental.
Pensando assim, conseguimos observar a reações dos animais (seu comportamento) e tentar entender o que os animais estão dizendo. Afinal, uma mensagem que indique um possível predador vai gerar uma reação distinta de uma mensagem que indique um local de alimentação.
Vou usar como exemplo o papagaio-galego (Alipiopsitta xanthops), que hoje conhecemos bem sua comunicação.
Na verdade, os psitacídeos sempre surpreenderam os humanos, quando falamos de comunicação.
Afinal, quem nunca observou um papagaio cantando, pedindo café, ou chamando o dono? Enfim, voltemos...
Um estudo realizado em Brasília*, que teve por objetivo entender a comunicação dos papagaios, conseguiu distinguir sete tipos de informações expressadas.
Essas vocalizações indicavam pontos de alimentação para o bando e possíveis perigos.
Veja só, os animais estão sempre se comunicando. O que será que o passarinho na cidade está dizendo?
Será que, quando aprendermos o que todos dizem, teremos mais empatia por eles?
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