Lactose: pode ou não pode?
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Lactose: pode ou não pode?


A lactose é um açúcar. mais precisamente um dissacarídeo formado por dois monossacarídeos: a glicose e a galactose.

Uma enzima chamada lactase, presente no intestino, ajuda na quebra da lactose. Quando essa enzima não é produzida ou é produzida em pequena quantidade, pode ocorrer a intolerância, tão temida dos profissionais que atendem bebês órfãos.


O medo faz sentido porque os sintomas relacionados à má digestão são manifestos pela diarreia, excesso de gases, dor e inchaço abdominal. Ninguém quer um filhote com diarreia!


A desidratação causada pela diarreia pode levar o filhote à óbito em um curto espaço de tempo.


Mas então, o melhor é oferecer leite sem lactose?


A resposta é: depende.


Esse açúcar pode ser extremamente importante para o desenvolvimento do filhote e simplesmente adotar os sucedâneos sem lactose para todos não é a melhor opção.


Algumas vezes, os sintomas relacionados à intolerância, podem ser atribuídos a outros componentes como o tipo e a quantidade de gordura, por exemplo, ou, ainda, ao excesso de leite (isso acontece demais!).


O melhor é avaliar e entender como é a característica do leite das espécies que estamos trabalhando. Tamanduás, tatus, gambás possuem uma intolerância clássica à lactose, no entanto, alimentados com o leite de cabra (ver post anterior) parecem desenvolver bem, com muitas experiências positivas em relatos de vários profissionais.


Felinos parecem ser mais tolerantes à lactose do que canídeos, no entanto, alguns sucedâneos próprios mantém níveis baixos de lactose e são bem aceitos por ambos.


Antas, veados e demais herbívoros, primatas, digerem muito bem a lactose e, de forma alguma, precisamos investir em um leite sem lactose para eles!


Como percebemos, a lactose pode não ser tão vilã assim quanto parece. No entanto, é preciso observar e acompanhar o filhote porque as intolerâncias podem acontecer e é preciso estar atento aos sinais clínicos.


Outra dica, é começar aos poucos e sempre com o leite mais diluído. Esse processo ajuda o organismo a se preparar melhor para um alimento diferente.

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